Já tinha saudades de fazer um pequeno texto sobre videojogos, e desta vez falarei sobre jogos e personagens que no passado eram heróis dos videojogos e que hoje em dia ou foram esquecidos, ou quando fazem videojogos sobre estes, são jogos que passam ao lado da maioria dos jogadores.
Falarei de jogos e também personagens que colaram os jogadores ao ecrã várias horas seguidas, mas que não resistiram à evolução tecnológica, à mudança, ou simplesmente ficou definido que o tempo destes apenas se deveriam manter no passado e memória de quem por lá passou.
Mais uma vez, não farei por ordem de importância, mas sim apenas para lembrar de como o passado também foi rico em personagens icónicas e carismáticas.
Cliquem no link abaixo para verem a lista seleccionada por mim e não se esqueçam: se por acaso acharem que me esqueci de alguém, façam o favor de o mencionar.
Duke Nukem

Ninguém se esquecerá da ousadia e o quanto extravagante era Duke Nukem no seu auge.
O típico "machão" e machista americano, convencido por natureza e carregado de armas até aos dentes para eliminar os alienígenas que ameaçam este mundo da invasão nada pacifica. Estamos a falar de uma personagem que todos os jogadores maiores de 18 anos (e os menores também que jogavam às escondidas dos pais... ou não...) queriam ter e jogar até 1996 com o lançamento do jogo Duke Nukem 3D... Após 15 anos, em 2011, é que depois de muitas negociações, adiamentos, cancelamentos é que a 3D Realms lançou o Duke Nukem Forever. Pena que, apesar dos evidentes esforços na caracterização da personagem, não soube ao mesmo e parece que a adaptação à nova geração. Ainda não perdemos a esperança e aguardamos por um novo mas não mudado Duke Nukem.
Pac-Man

Toda, mas mesmo toda a gente, com certeza já jogou ao Pac-Man!
Aquela piza amarela sem uma fazia que come pintas brancas num pequeno labirinto enquanto finta fantasmas coloridos! Se estes fantasmas nos tocam morremos, excepto quando estes se encontram num tom de azul escuro onde os podemos comer e ganhar mais pontos por isso.
Simples, eficaz, viciante. O objectivo era só um... Fazer o maior número de pontos possível.
Mas isto foi simples e bonito em 1980. Vieram as edições a cores, mas nunca se lembraram de mudar a mecânica. Até à altura em que decidiram que o Pac-Man deveria ser uma personagem a três dimensões e em jogos plataformas. Foi mau. Felizmente saiu em 2010 o Pac-Man Championship Edition DX que trouxe a vivacidade de experiência que os fãs tanto querem para esta série.
Mega Man

Foi na primeira consola da Nintendo que surgiu esta personagem. Num mundo onde a robótica é uma realidade, o maior criador de robôs criou um enorme exército deles para conquistar o mundo. Acontece que não é o único criador de robôs e outro criador decidiu que basta um robô superior para derrotar um exército deles. Assim nasceu MegaMan. Protagonista de um jogo de acção em plataformas, veio deliciar pela sua dificuldade, bosses, evolução da personagem. Mais uma vez o mundo a três dimensões veio apanhar esta saga desprevenida onde em nada fez juz a sua série. No entanto as versões, mesmo as mais recentes no universo das duas dimensões, continuam a deliciar os fãs que anseiam e criticam a Capcom por cancelar a série.
TimeSplitters
Se houve algum FPS que me viciasse na geração passada de consolas, nomeadamente na Plsystation 2, foram os três jogos da série TimeSplitters. Todos foram jogos com estilo carismático, fluido, divertidos também. Foram aclamados pela crítica e as vendas também foram favoráveis. Por isso é que ainda não se compreende, e tendo em conta todas as oportunidades, a falta de um jogo desta série nesta geração. Já houveram imagens que fazem os fãs acreditarem num possível TimeSplitters 4, mas nada mais foi confirmado e visto.
Prince Of Persia

Em 1989 surgiu um jogo de aventura baseada no mundo fantástico de Pérsia chamado Prince Of Persia.
Uma aventura de acção, puzzles e plataformas, tínhamos na altura o tempo contado para terminar o jogo. Não foi um jogo que não resistiu ao 3D... Saiu para o computador e consolas da era de 128bits o Sands Of Time, Warrior Within e The Two Thrones que são jogos recomendados. Agora que nos encontramos na geração seguinte das consolas, nem a Playstation 3 nem a XBox 360 receberam um Prince Of Persia digno desse nome, e já sairam dois títulos da série. Acredito que a Ubisoft tenha unido mais esforços para fazer ascender mais a série Assassin's Creed (e com sucesso), mas abandonou uma série com uma forte legião de fãs.
Onimusha

Esta não é bem uma série que entrou em decadência mas, sem justificação aparente, parece que se finge que é uma série que nunca existiu...
O seu primeiro jogo foi lançado para a Playstation 2, XBox e PC em 2001. Depois sairam mais 3 jogos principais da série, mas todos na geração passada. Hoje em dia, as consolas da nova geração ainda não viram um único jogo desta mitica série e tendo em conta que no passado foi uma série que vendeu bem, dificilmente os fãs encontram justificação para a Capcom não investir também nesta saga.
Dino Crisis

Esta saga é um pouco como Resident Evil, mas em vez de termos Zombies como ameaça, temos dinossauros.
A fórmula estava muito boa e competente. O primeiro título saiu em 1999 e o segundo (trazendo consigo melhorias substanciais) veio para a Playstation no ano seguinte.
Acontece que enquanto o primeiro o segundo títulos foram bem recebidos tanto pelas críticas, como pelos jogadores, na Playstation 2 o Dino Stalker (da série Gun Survivor, uma espécie de Time Crisis) e Dino Crisis 3 (este também na XBox) não tiveram a mesma sorte e não resistiram ao insucesso. No entanto, tendo em conta que a Capcom é uma companhia que pode aguentar fortes investimentos e a tecnologia que conseguimos suportar hoje em dia, uma nova investida nesta série repleta de dinossauros seria algo que eu gostaria de assistir. Por fim não consegui não mencionar o:
Sonic

Sonic, a figura icónica da marca SEGA.
Este surgiu primeiro na Mega Drive, tendo a Master System direito ainda a alguns jogos desta figura, e esta fez tudo e bem para conquistar os fãs. Daí a grande guerra: Mario (Nintendo) VS Sonic (SEGA).
Mas eis que a Nintendo, ao entrar no mundo 3D (mais uma vez), ganha pois Sonic apesar de ainda não ter desistido, não consegue convencer com os seus jogos novos. Consegue divertir, homenagear até; mas establecer aquele momento dinâmico de arregalar os olhos onde velocidade e plataformas se unem num cruzamento imperturbável e sem quebras é o mais díficil nos dias de hoje.
Mas esta personagem ainda vive. SEGA anda a alimentá-la com vários jogos, tendo sido os últimos até agradáveis (Sonic 4: Episode 1 e 2 e Sonic Generations) e também em jogos onde participam várias personagens da firma, como o Sonic & SEGA All-Stars Racing, por exemplo.
É aguardar pelo futuro agora para saber o que nos guarda para estas personagens.